Abstract

Dentre inúmeros efeitos nocivos, a pandemia do Covid-19 demonstrou sua face cruel também quanto à sobrevivência das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras. Para lidar com o isolamento social, tecnologias digitais precisaram ser rapidamente assimiladas por gestores de empresas cuja estrutura tecnológica muitas vezes era embrionária ou mesmo inexistente. De forma emergencial, uma importante instituição representativa do comércio varejista de um estado brasileiro, para digitalizar as vendas das mais de 35.000 empresas associadas, optou pelo desenvolvimento de negócio digital organizando-o na forma de um ecossistema em rede. O projeto do marketplace regional, sem fins econômicos e com relevantes incentivos para lojistas concorreria, porém, em segmento dominado por grandes grupos. Este estudo aprofunda-se na aplicação de estratégias orientadas à estruturação de negócios no modelo de ecossistema em rede, usando evidências qualitativas coletadas em entrevistas com executivos da instituição, realizadas à luz de teorias de economia da informação e ecossistemas de mercados. Seguindo o modelo de negócios para organizações em rede, foi estruturado projeto de marketplace, identificando características para formulação estratégica. O estudo complementa literatura que tem apresentado exemplos de aplicação do modelo a grandes companhias de tecnologia e indica alternativas gerenciais para fomentar a digitalização de PMEs de países em desenvolvimento.

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