Abstract

Ao longo do tempo os órgãos governamentais têm implantado diversas soluções baseadas em Tecnologias de Informação distintas entre si, e de forma isolada. No entanto, para que seja possível um nível efetivo de governo eletrônico, essas soluções precisam estar interconectadas para prover serviços e informações independentemente de onde estejam os dados ou os solicitantes. O estabelecimento de padrões de interoperabilidade apresenta-se então como um grande facilitador dessa estrutura. Porém, esse ambiente não compreende apenas troca de dados, mas principalmente, integração de processos e transações que envolvem vários atores. Desta forma, o estabelecimento de padrões não depende apenas de aspectos tecnológicos, mas também de outras variáveis dos contextos institucional, organizacional e econômico. A partir desse contexto, este artigo aborda o processo de adoção da arquitetura de interoperabilidade especificada pelo Governo Federal Brasileiro (e-PING), baseado em um estudo de caso realizado através de análise documental, entrevistas semi-estruturadas e observação direta. O estudo evidencia os fatores que atuam como barreiras à adoção desses padrões pelas organizações do setor público para suporte de suas transações de governo eletrônico.

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